Vinhos do Dão: as vinhas e castas dos melhores vinhos portugueses!

Rica em cultura, natureza, gastronomia e produção vinícola, a região do Dão merece uma visita obrigatória por parte dos amantes de um bom vinho. Preparado para explorar as vinhas desta região e o que elas trazem de melhor? Que comece a viagem degustativa pelo mundo dos vinhos do Dão!

Responsáveis pela produção de alguns dos melhores vinhos portugueses, as célebres vinhas do Dão encontram-se dispersas entre áreas montanhosas da região Centro, geralmente entre os 400 e os 700 metros de altitude. Estas vinhas, cultivadas em solos xistosos ou graníticos, estão protegidas dos ventos provenientes do Atlântico pelas serras do Caramulo, Montemuro, Buçaco e serra da Estrela.

Na região do Dão produzem-se vinhos com características muito próprias, provenientes de uma grande diversidade de castas, onde ganham destaque: vinhos tintos com carácter, vinhos brancos elegantes, espumantes equilibrados e vinhos rosés frutados. Com vontade de os provar? Não sem antes revelarmos as castas de vinho que lhes dão origem.

Aragonez – Tinta Roriz, Alfrocheiro, Bastardo, Touriga Nacional e Jaen são as principais castas de vinho tinto desta região, e Malvasia Fina, Barcelo, Encruzado, Bical ou Terrantez as castas de vinho branco mais abundantes. Exploremos um pouco cada uma delas…

Aragonez – Tinta Roriz – casta que intensifica os aromas de fruta madura, confere muita cor e boas graduações alcoólicas. É notório o excelente equilíbrio marcado pela qualidade dos seus taninos, assim como o equilíbrio de corpo e acidez, daí resultando vinhos harmoniosos e muito elegantes, com elevado potencial de envelhecimento. Também está presente nas regiões do Alentejo e Douro.

Alfrocheiro – esta casta tinta vigorosa é responsável pela produção de vinhos ricos em cor, com um notável equilíbrio entre álcool, taninos e acidez. Por regra, dá forma a vinhos de taninos firmes, mas delicados e estruturantes, onde se destaca o forte aroma a bagas silvestres, nomeadamente a amora e morangos. Apesar de ser uma das principais castas de vinho tinto da região do Dão, também está presente nas regiões do Alentejo, Tejo e Palmela.

Bastardo – esta casta de vinho tinto tem como principal característica a sua maturação precoce, com preferência por solos profundos, secos e quentes, com disponibilidade de água. De aroma muito característico a frutos e bagas silvestres quando jovem, esta casta evolui para composições aromáticas mais complexas, podendo até surgir aromas de madeira quando o estágio é de 10 ou mais anos. Demonstra possuir boa capacidade de envelhecimento, estando presente além de Portugal em países como: Austrália, África do Sul, EUA (Califórnia), Espanha, França e Argentina.

Touriga-Nacional – esta é a casta de vinho tinto mais elogiada em Portugal, dando atualmente origem a muitos dos vinhos do Alentejo, e estando disseminada também por regiões como Lisboa, Bairrada, Setúbal, Tejo, Algarve e Açores. Sendo uma das principais castas tintas da região do Dão, apresenta um aroma simultaneamente floral e frutado, intenso e explosivo. A Touriga Nacional produz vinhos equilibrados, com boas graduações alcoólicas e excelente capacidade de envelhecimento.

Jaen – os vinhos a que dá origem são elegantes, com teor alcoólico regular, intensos de cor e muito macios, dada a qualidade e suavidade dos seus taninos. Mas é o seu perfume intenso e delicado, lembrando um pouco a framboesa, que torna esta casta preciosa.


Malvasia Fina – Possibilita a obtenção de vinhos de cor citrina, com aromas intensos apesar de simples, com predominâncias florais, acidez equilibrada e um final elegante, ainda que de média persistência. Possui um bom potencial para o envelhecimento, com os seus vinhos a apresentar um “bouquet” extraordinário, passando a sua cor a amarelo palha, sendo de realçar a complexidade dos seus aromas associados a uma finura, equilíbrio e elegância. Misturado com outras castas do Dão imprime-lhe a “tipicidade” e a personalidade próprias dos vinhos brancos da Região.

Barcelo – de maturação média, esta casta de vinho branco de cor citrina produz vinhos frutados, frescos, perfumados e, no sabor, com grande equilíbrio na relação álcool/ácidos. O facto de ser uma casta bastante rara no país confere-lhe motivo de interesse. Mistura-se habitualmente com outras castas, conferindo delicadeza e equilíbrio aos vinhos.

Encruzado – esta casta branca de qualidade irrepreensível, inclui uma capacidade única para manter um equilíbrio quase perfeito entre açúcar e acidez. É responsável pela produção de vinhos sérios e estruturados, de aromas delicados a rosas, violetas, resina e leves notas citrinas. Demonstra excelente capacidade de guarda.

Bical – É uma casta muito divulgada no centro de Portugal e conhecida pela sua grande precocidade. O seu cacho é de tamanho médio e frouxo e possui bagos relativamente pequenos, heterogéneos e com epiderme verde amarelada e média pruína. A sua polpa, não corada, é rija, suculenta e com sabor característico, enquanto a sua maturação é de tipo precoce e a sua produção regular. Se as uvas forem vindimadas na altura certa, obtêm-se vinhos de cor citrina, aromas complexos com boa fruta, finos, relativamente secos e elegantes, com boa graduação alcoólica e baixa acidez.

Terrantez – é uma casta de vinho branco originária da região do Dão, sendo também cultivada nos Açores e na Madeira, onde é considerada uma casta nobre para a produção de vinho generoso. Os vinhos produzidos pela casta Terrantez são bastante frutados e frescos, apresentando uma cor citrina e uma abundante riqueza ácida.

Concluída a viagem pelas vinhas do Dão, nada como um bom copo de vinho desta região para consolidar melhor a informação aqui partilhada. Por isso, desafiamos-te a fazer um brinde às escolhas acertadas, com as nossas melhores sugestões de vinhos do Dão:

Tintos do Dão

Brancos do Dão

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