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Cabriz é o vinho oficial da Feira de São Mateus! Vamos feirar?
A 626.ª edição da Feira de São Mateus, que se realiza de 9 de agosto a 16 de setembro, já tem vinho oficial: Cabriz! O melhor vinho do Dão vai ser a marca oficial desta feira histórica que traz, anualmente, mais de um milhão de visitantes até Viseu. Ao todo são 39 dias de feira, 39 oportunidades, para poder celebrar com Cabriz neste espaço de reencontros e memória, que é uma verdadeira cidade dentro da cidade
Com um recinto com mais de 75 mil metros quadrados e mais de 300 expositores, a feira acolhe diversões, concertos, restaurantes e comerciantes de diferentes áreas, naquela que é uma das maiores manifestações de cultura popular de Região Centro.
Sendo a maior feira franca de Portugal, a Feira de São Mateus faz parte do imaginário da maior parte dos portugueses. A edição de 2018 é ainda mais especial, com Cabriz como vinho oficial do evento. A marca embaixadora do Dão, em Portugal e no mundo, estará presente em todos os espaços de restauração da feira. Porque o melhor é feirar com Cabriz! ?
A FEIRA DE SÃO MATEUS
A antiga Feira Franca de Viseu, atualmente conhecida como Feira de S. Mateus, foi criada pela Carta de Feira concedida pelo rei D. João I em 10 de janeiro de 1392. A nova feira franca anual tinha início no dia de Santa Cruz (3 de maio) e durava um mês.
Após anos de dificuldades, a feira anual de Viseu foi reanimada pelo Infante D. Henrique (Duque de Viseu), que obteve do seu irmão D. Pedro (como regente em nome de D. Afonso V) autorização para a realização de uma feira anual na Cava de Viriato, a iniciar 8 dias antes do dia de Santa Iria e a terminar 8 dias depois, com os privilégios e liberdades da Feira de Tomar. O exclusivo da construção e aluguer das boticas foi entregue ao Infante, sendo as respetivas rendas destinadas à construção da sua capela no Mosteiro da Batalha. D. Afonso V confirmou, em 1449, a autorização ao infante D. Henrique, alterando o período de realização da feira anual para 15 dias, a começar no dia de Santa Iria (20 de outubro a 4 de novembro).
Após várias alterações de data e duração, em 1501, e após uma interrupção de 4 anos, a feira voltou a realizar-se, tendo D. Manuel I autorizado a sua transferência para o interior da cidade. Em data incerta, que alguns historiadores atribuem ao século XVI, a feira passou a realizar-se em setembro, por altura do dia de S. Mateus (21 de setembro). Entretanto, o Senado Municipal assumiu a organização da feira, como atesta uma provisão régia de D. Maria I, datada de 1797. Nessa época, a feira anual de Viseu era já considerada uma das mais importantes do reino.
Entre os finais do século XIX e os inícios do século XX, a feira foi definhando, não só pela diminuição da sua utilidade como mercado, devido às profundas alterações nas dinâmicas da comercialização de bens a nível nacional, mas também por falta de um projeto local de revitalização. Apesar de decrépita, após 1910, a feira ainda continuava a ser um período de convívio da comunidade local, durante o qual os namoros ganhavam alento… Todavia, para além de alguns memoráveis espetáculos circenses, do cinematógrafo, do aparecimento da primeira barraca de farturas (por volta de 1914) e da construção de um coreto, a feira desses tempos trouxe poucas novidades.
À beira da extinção, acabou por beneficiar de um projeto de renovação, implementado pelo executivo municipal a partir de 1927, segundo um novo modelo de Feira-Exposição e Festa Popular, com expositores, concertos, circo, concursos, provas desportivas, fogo de artifício, iluminações artísticas e pórticos decorados.
Surgiu então o primeiro cartaz anunciador da feira (1928) e a primeira revista (1930). Foi também introduzido (em 1929) o primeiro dia com entrada paga, denominado Dia de Viriato, já que as verbas obtidas se destinavam inicialmente ao Monumento a Viriato.
Nas décadas seguintes, o recinto da feira foi sendo requalificado, os pavilhões de exposições e outras estruturas foram surgindo, a iluminação artística tornou-se uma imagem de marca. Novas tradições afirmaram-se na Feira, como a Marcha das Aldeias, os bailes do Salão de Chá dos Bombeiros Voluntários, o caldo verde e as enguias. A integração de manifestações culturais e desportivas no programa foi crescendo entre a década de 40 e a década de 70 do século XX. A feira anual assumiu em definitivo o papel de festas da cidade e o feriado municipal passou a ser o dia de S. Mateus.
Entre o 25 de Abril de 1974 e 1994, o recinto da feira estendeu-se às duas margens do Pavia e a programação desportiva e cultural ampliou-se substancialmente. Os espetáculos musicais assumiram cada vez mais importância no programa. Passaram também a estar disponíveis exposições temáticas, salões de pintura e de banda desenhada, ciclos de cinema para adultos e para crianças, festivais de folclore nacional e internacional e exposições de artesanato regional.
Entre 2003 e 2005, no âmbito do programa Pólis, concretiza-se uma profunda reorganização do espaço e das infraestruturas da feira. Desaparece o emblemático “picadeiro”, ponto de encontro incontornável, e os pavilhões de exposições, surgindo o Pavilhão Multiusos.
Em 2016 a Viseu Marca passa a ser a entidade organizadora da Feira de S. Mateus. Entretanto, em 2015 dá-se início à revitalização da feira, com alterações ao nível da programação, promoção e da disposição do recinto. Entre a aposta na conquista de novos públicos e a reconciliação com as tradições históricas da feira, em 2015 regressaram, por exemplo, as sessões de cinema e do mítico “picadeiro”, a avenida que atravessa todo o recinto da feira desde a porta de Viriato até ao palco.